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sábado, 17 de novembro de 2012

FESTIVAL DO SOL - 1º DIA




Antes de mais nada, estive no Festival Dosol 2012 cobrindo o evento para o Fuga Underground, então algumas partes do texto abaixo poderão ser encontradas lá, inclusive com os devidos créditos em meu nome, explico para que não ocorra qualquer problema com os mais desatentos.  

Far from Alaska
Banda nova, 6 meses de formação, mas que já está tendo destaque tanto na cidade como na internet, inclusive vieram de apresentação no festival Planeta  Terra. Diria que é uma boa banda, com certeza fazem um som diferente do que é produzido aqui no estado, dois vocais femininos, programação eletrônica, efeitos, guitarras pesadas e experimentação. Para a primeira apresentação do dia o público já era grande, acho que até pelo destaque que o grupo vem tendo na mídia virtual, fizeram um show regular que esteve no Dosol durante a apresentação elogiou, como ressalva fica somente a presença de palco, que ainda precisa ser melhorada, mas isso se pega com o tempo.

Kung Fu Johnny
Outra banda novinha em folha, com pouco mais de 6 meses de atividades, e ainda poucos shows pela cidade, mas que já vem com grande destaque na internet e até convites de gravadoras. Uma coisa é certa, tem muita qualidade, conseguem prender a atenção do público e de forma alguma são repetitivos, os próprios dizem que não se prendem a estilo e tocam tudo o que gostam. No show tocaram suas músicas próprias, podiam soar um jazz aqui ou um hard rock acolá, o público compareceu ao show e curtiu o som. Outro destaque é o fato de o baterista ficar responsável pelos vocais, normalmente dá errado, no caso dele deu certo.

Os inflamáveis
Estiveram no Festival pelo segundo ano consecutivo tocando o seu rock ‘n’ roll. Não apresentaram muita diferença de um ano para o outro, não que isso seja ruim, quem gosta do estilo esteve assistindo ao show dos caras e dançou.  Estão para lançar trabalho novo, algumas músicas novas na praça vamos esperar.

Red Boots
Mais uma que veio de 2011, entretanto saíram da edição de Mossoró e vieram para a de Natal, além de terem adquirido grande bagagem com lançamento de disco, turnê pelo Brasil e grande sequência de shows. Já tem público formado na cidade, gente que sabe cantar as músicas, bate cabeça, o que ajudou a deixar o Armazém Hall com público de horário nobre ainda à luz do dia. A experiência deu aos caras o traquejo para levar o público junto com eles, fizeram um bom show com direito a um tapa do guitarrista no microfone, coisa bem rock bruto, os rockeiros curtiram.

Aeromoças e tenistas russas(RS)
Então, por algum motivo que não me lembro passou despercebido, mas admito que não senti falta.  Acho que foi essa que achei o som parecido com música de som de cabaré, mas enfim. 



Huey (SP)
Os que olham mais tortos para o estilo poderiam chegar a dizer que Stoner Rock é sempre igual, pelo menos no instrumental. Esses caras vieram para jogar por terra esta ideia. Um show pesado e magnético. As músicas oscilaram entre o peso e a melodia marcante, o fato de não ter um vocal não faz falta alguma pela ótima, qualidade da banda e viaja por várias vertentes do Stoner, provavelmente voltaram a Natal em algum show de bandas instrumentais.

Monster Coyote
O festival veio em uma crescente de peso nos shows e foi ai que veio o Monster Coyote, que chegava de uma turnê que viajou pelo Brasil e Argentina tocando com os caras da Truckfigthers. O Dosol lotou de rockeiros barbudos e cabeludos fãs de Stoner Metal, as primeiras rodas de pogo surgiram com força total durante todo o show. A banda cresce cada vez mais em presença de palco e consegue uma interação de invejar com o público.

 Questions
Já uma veterana do hardcore brasileiro com 13 anos de estrada e algumas viagens à Europa a Questions ainda não tinha vindo ao nordeste. O primeiro show dos caras em Natal mostrou que não deveriam ter passado tanto tempo para chegar na região. Está certo, que o som não ajudou, o instrumental ficou baixo, mas os caras demonstraram a todo momento estarem muito a vontade de tocar em Natal, mostraram que conhecem alguns da cena local e fizeram de tudo para levar energia ao show, pena que muita gente guardou suas energias para a roda do Test e as rodas do Questions ficaram mais reduzidas, outra banda que merece voltar para um show mais longo, esperamos que não demore tanto.
Test
Para uma banda que costuma fazer shows nas ruas acho que o fato de terem tocado no dosol com um espaço mais reduzido e clima mais underground ficaram os caras se sentirem mais em casa. As rodas foram as mais brutais do dia, os câmeras que estavam filmando e tirando fotos na frente do palco tiveram problemas para conseguir trabalhar. Fizeram um show intenso, para os que gostam de peso, velocidade foi o melhor show do dia, sem sombra de dúvidas, tanto que no domingo a expectativa era que eles tocassem na frente do Dosol, o que não aconteceu.

Leptospirose
Outra que já veio na escalação por ser certeza de sucesso de público e crítica. Tocaram ainda este ano em uma das etapas do Circuito Cultural, de forma gratuita no Dosol. O último disco dos caras circulou nas listas de final de ano da maior parte dos blogs que tem uma queda por sons mais pesados, mesmo aqueles que também colocaram Criolo na lista deixaram ao menos um lugar para a banda só para dizer que curtiam um som mais pesado. O show foi mais um intenso, Quique Brawn é de instigar qualquer um com a sua postura de palco, as rodas continuaram e foi mais um grande show. A ressalva foi o show mais curto com a corda da guitarra que quebrou.

Silverados

Foi comentada como uma das surpresas da noite fazendo um som pesado e que agitou quem esteve presente vendo a apresentação da banda, aqui não posso comentar muito pois passei boa parte do tempo em entrevistas com o pessoal do Fuga Underground, por onde estava cobrindo o festival.  

Truckfighters
Essa era a banda mais esperada pelos barbudos de camisa de flanela de Natal. Fizeram um bom show os Stoners cantaram enlouqueceram, segundo relatos alguns até choraram, afinal os stoners tem cara de mal, mas também choram. Sobre esta banda vale uma ressalva de pós-show... Foi uma boa apresentação, quem curte deu valor, mas eles poderiam ter sido mais simpáticos com a produção e imprensa independente que estavam no local, não sei e por problemas pessoais ou não, mas acima de tudo o profissionalismo tem que existir.


Pez
Mais uma vez estive em entrevistas e acabei não vendo o show, porém pelo que pude apurar foi um show apenas mediano, nem ótimo, mas também não deu sono. 

Macaco Bong
Foi comentado como um dos bons shows da noite, temos aqui já outra distinção do festival, depois Truckfighters começou uma decrescente de peso das bandas, saindo do hardcore, passando pelo rock alternativo, indo pelo instrumental experimental até o ska, mas voltando ao Macaco Bong, fizeram um show com músicas do trabalho mais recente e deixaram a impressão de que o show poderia ter durado mais, mesmo os caras não sendo novidade na região.


Camarones Orquestra Guitarristica
Banda da produção  e do dono do festival já vem tocando há pelo menos umas 3 edições consecutivas pelo que me lembro. Não poderíamos dizer aqui que sem motivos, afinal é uma banda que já tem bagagem e público consistente na cidade. O Dosol lotou e foi aquela coisa de sempre dos shows da banda.

Maglore
Entramos na parte mais pop da noite, não tive muita paciência para assistir ao show, mas para quem curte deve ter sido bom, só não faz meu gosto. Música para quem gosta de romantismo e tal. 

Andróide Sem Par

Talvez fosse uma melhor ideia ter colocado a banda no inicio do dia. Com uma sonoridade pop rock romântico a partir daí o público que estava presente pelas bandas mais pesadas perdeu o interesse de vez. É uma banda que tem um público mais reduzido dentro da cidade e pouca estrada, enfim, ficou perdida no meio das que realmente o público queria ver.


Vanguart
A Vanguart  foi mais uma esperada com grande expectativa, desta vez já pelo público das vertentes indies que tava estava presente. Fizeram um show do disco novo, e com algumas músicas mais conhecidas, o Armazém esteve lotado e a recepção foi boa. 

Talma&Gadelha
Banda querida por nove entre dez meninas rock / pop da cidade e alguns caras que curtem indie, é bem verdade que tem shows animados, boa empatia com o público e músicas de boa qualidade, goste você ou não. É daquelas bandas que já entra com o jogo ganho, fizeram um bom show e agradaram ao público.

The Slackers
Finalizando a primeira noite do Festival Dosol 2012 veio a americana The Slakers com mais de 21 anos de muito Ska e estrada, músicas próprias e covers. Acho que o fato de o dia ter tido muitas bandas, iniciado com bandas mais pesadas e que cansaram mais o público logo no inicio ainda com rodas de pogos e moshs insanos, e logo depois ter entrado as bandas mais românticas e indies, fez com que o público ficasse reduzido para esta que foi uma grande apresentação desta edição.  A banda faz um show com músicas Ska, reggae e rock steady variando entre as vertentes. Um ponto interessante a destacar é a versão de “Minha Menina”, música de Jorge Ben em versão reggae, cantanda em um português com sotaque americanizado, mas que ficou muito legal. Quem não ficou para ver perdeu um grande Show. 

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