Antes de mais nada, estive no Festival Dosol 2012 cobrindo o evento para o Fuga Underground, então algumas partes do texto abaixo poderão ser encontradas lá, inclusive com os devidos créditos em meu nome, explico para que não ocorra qualquer problema com os mais desatentos.
Far from Alaska
Banda nova, 6 meses de formação, mas que já está tendo
destaque tanto na cidade como na internet, inclusive vieram de apresentação no
festival Planeta Terra. Diria que é uma
boa banda, com certeza fazem um som diferente do que é produzido aqui no estado,
dois vocais femininos, programação eletrônica, efeitos, guitarras pesadas e
experimentação. Para a primeira apresentação do dia o público já era grande,
acho que até pelo destaque que o grupo vem tendo na mídia virtual, fizeram um
show regular que esteve no Dosol durante a apresentação elogiou, como ressalva
fica somente a presença de palco, que ainda precisa ser melhorada, mas isso se
pega com o tempo.
Kung Fu Johnny
Outra banda novinha em folha, com pouco mais de 6 meses de
atividades, e ainda poucos shows pela cidade, mas que já vem com grande
destaque na internet e até convites de gravadoras. Uma coisa é certa, tem muita
qualidade, conseguem prender a atenção do público e de forma alguma são
repetitivos, os próprios dizem que não se prendem a estilo e tocam tudo o que
gostam. No show tocaram suas músicas próprias, podiam soar um jazz aqui ou um
hard rock acolá, o público compareceu ao show e curtiu o som. Outro destaque é
o fato de o baterista ficar responsável pelos vocais, normalmente dá errado, no
caso dele deu certo.
Os inflamáveis
Estiveram no Festival pelo segundo ano consecutivo tocando o
seu rock ‘n’ roll. Não apresentaram muita diferença de um ano para o outro, não
que isso seja ruim, quem gosta do estilo esteve assistindo ao show dos caras e
dançou. Estão para lançar trabalho novo,
algumas músicas novas na praça vamos esperar.
Red Boots
Mais uma que veio de 2011, entretanto saíram da edição de
Mossoró e vieram para a de Natal, além de terem adquirido grande bagagem com
lançamento de disco, turnê pelo Brasil e grande sequência de shows. Já tem
público formado na cidade, gente que sabe cantar as músicas, bate cabeça, o que
ajudou a deixar o Armazém Hall com público de horário nobre ainda à luz do dia.
A experiência deu aos caras o traquejo para levar o público junto com eles,
fizeram um bom show com direito a um tapa do guitarrista no microfone, coisa
bem rock bruto, os rockeiros curtiram.
Aeromoças e tenistas russas(RS)
Então, por algum motivo que não me lembro passou
despercebido, mas admito que não senti falta. Acho que foi essa que achei o som parecido com música de som de cabaré, mas enfim.
Huey (SP)
Os que olham mais tortos para o estilo poderiam chegar a
dizer que Stoner Rock é sempre igual, pelo menos no instrumental. Esses caras
vieram para jogar por terra esta ideia. Um show pesado e magnético. As músicas
oscilaram entre o peso e a melodia marcante, o fato de não ter um vocal não faz
falta alguma pela ótima, qualidade da banda e viaja por várias vertentes do
Stoner, provavelmente voltaram a Natal em algum show de bandas instrumentais.
Monster Coyote
O festival veio em uma crescente de peso nos shows e foi ai
que veio o Monster Coyote, que chegava de uma turnê que viajou pelo Brasil e
Argentina tocando com os caras da Truckfigthers. O Dosol lotou de rockeiros
barbudos e cabeludos fãs de Stoner Metal, as primeiras rodas de pogo surgiram
com força total durante todo o show. A banda cresce cada vez mais em presença
de palco e consegue uma interação de invejar com o público.
Questions
Já uma veterana do hardcore brasileiro com 13 anos de
estrada e algumas viagens à Europa a Questions ainda não tinha vindo ao
nordeste. O primeiro show dos caras em Natal mostrou que não deveriam ter
passado tanto tempo para chegar na região. Está certo, que o som não ajudou, o
instrumental ficou baixo, mas os caras demonstraram a todo momento estarem
muito a vontade de tocar em Natal, mostraram que conhecem alguns da cena local
e fizeram de tudo para levar energia ao show, pena que muita gente guardou suas
energias para a roda do Test e as rodas do Questions ficaram mais reduzidas,
outra banda que merece voltar para um show mais longo, esperamos que não demore
tanto.
Test
Para uma banda que costuma fazer shows nas ruas acho que o
fato de terem tocado no dosol com um espaço mais reduzido e clima mais
underground ficaram os caras se sentirem mais em casa. As rodas foram as mais
brutais do dia, os câmeras que estavam filmando e tirando fotos na frente do
palco tiveram problemas para conseguir trabalhar. Fizeram um show intenso, para
os que gostam de peso, velocidade foi o melhor show do dia, sem sombra de
dúvidas, tanto que no domingo a expectativa era que eles tocassem na frente do
Dosol, o que não aconteceu.
Leptospirose
Outra que já veio na escalação por ser certeza de sucesso de
público e crítica. Tocaram ainda este ano em uma das etapas do Circuito
Cultural, de forma gratuita no Dosol. O último disco dos caras circulou nas
listas de final de ano da maior parte dos blogs que tem uma queda por sons mais
pesados, mesmo aqueles que também colocaram Criolo na lista deixaram ao menos
um lugar para a banda só para dizer que curtiam um som mais pesado. O show foi
mais um intenso, Quique Brawn é de instigar qualquer um com a sua postura de
palco, as rodas continuaram e foi mais um grande show. A ressalva foi o show
mais curto com a corda da guitarra que quebrou.
Silverados
Foi comentada como uma das surpresas da noite fazendo um som pesado e que agitou quem esteve presente vendo a apresentação da banda, aqui não posso comentar muito pois passei boa parte do tempo em entrevistas com o pessoal do Fuga Underground, por onde estava cobrindo o festival.
Truckfighters
Essa era a banda mais esperada pelos barbudos de camisa de
flanela de Natal. Fizeram um bom show os Stoners cantaram enlouqueceram,
segundo relatos alguns até choraram, afinal os stoners tem cara de mal, mas
também choram. Sobre esta banda vale uma ressalva de pós-show... Foi uma boa
apresentação, quem curte deu valor, mas eles poderiam ter sido mais simpáticos
com a produção e imprensa independente que estavam no local, não sei e por
problemas pessoais ou não, mas acima de tudo o profissionalismo tem que
existir.
Pez
Mais uma vez estive em entrevistas e acabei não vendo o show, porém pelo que pude apurar foi um show apenas mediano, nem ótimo, mas também não deu sono.
Macaco Bong
Foi comentado como um dos bons shows da noite, temos aqui já
outra distinção do festival, depois Truckfighters começou uma decrescente de
peso das bandas, saindo do hardcore, passando pelo rock alternativo, indo pelo
instrumental experimental até o ska, mas voltando ao Macaco Bong, fizeram um
show com músicas do trabalho mais recente e deixaram a impressão de que o show
poderia ter durado mais, mesmo os caras não sendo novidade na região.
Camarones Orquestra Guitarristica
Banda da produção e
do dono do festival já vem tocando há pelo menos umas 3 edições consecutivas
pelo que me lembro. Não poderíamos dizer aqui que sem motivos, afinal é uma
banda que já tem bagagem e público consistente na cidade. O Dosol lotou e foi
aquela coisa de sempre dos shows da banda.
Maglore
Entramos na parte mais pop da noite, não tive muita paciência para assistir ao show, mas para quem curte deve ter sido bom, só não faz meu gosto. Música para quem gosta de romantismo e tal.
Andróide Sem Par
Talvez fosse uma melhor ideia ter colocado a banda no inicio
do dia. Com uma sonoridade pop rock romântico a partir daí o público que estava
presente pelas bandas mais pesadas perdeu o interesse de vez. É uma banda que
tem um público mais reduzido dentro da cidade e pouca estrada, enfim, ficou
perdida no meio das que realmente o público queria ver.
Vanguart
A Vanguart foi mais
uma esperada com grande expectativa, desta vez já pelo público das vertentes
indies que tava estava presente. Fizeram um show do disco novo, e com algumas
músicas mais conhecidas, o Armazém esteve lotado e a recepção foi boa.
Talma&Gadelha
Banda querida por nove entre dez meninas rock / pop da
cidade e alguns caras que curtem indie, é bem verdade que tem shows animados,
boa empatia com o público e músicas de boa qualidade, goste você ou não. É
daquelas bandas que já entra com o jogo ganho, fizeram um bom show e agradaram
ao público.
The Slackers
Finalizando a primeira noite do Festival Dosol 2012 veio a
americana The Slakers com mais de 21 anos de muito Ska e estrada, músicas
próprias e covers. Acho que o fato de o dia ter tido muitas bandas, iniciado
com bandas mais pesadas e que cansaram mais o público logo no inicio ainda com
rodas de pogos e moshs insanos, e logo depois ter entrado as bandas mais
românticas e indies, fez com que o público ficasse reduzido para esta que foi
uma grande apresentação desta edição. A
banda faz um show com músicas Ska, reggae e rock steady variando entre as
vertentes. Um ponto interessante a destacar é a versão de “Minha Menina”,
música de Jorge Ben em versão reggae, cantanda em um português com sotaque
americanizado, mas que ficou muito legal. Quem não ficou para ver perdeu um
grande Show.
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