O sábado do festival, já costumeiramente, é pautado em bandas de rock alternativo, experimental e ritmos dançantes. É também o dia do festival com mais bandas, o que possibilita uma grande variedade de gêneros. Dentro desta diversidade, a principal inovação deste ano foi a entrada da “nova MPB” entre o cardápio de estilos apresentado, além de algumas surpresas que vamos comentar no decorrer do texto, vamos agora aos comentários banda a banda:
HEY APPLE (RN)
Pautada no indie rock fizeram um show para poucas pessoas, é uma banda nova com gente que faz o estilo já há algum tempo.
DESSITUADOS (RN)
Banda que mistura punk rock com alternativo, letras pessoais. Vem se apresentando nos mais diversos eventos pela cidade. Assim como a primeira banda ainda tocaram para poucas pessoas o que dificultou instigar o público, mas pelo que conversei com os caras estavam bem felizes com a oportunidade.
PLANANT (RN)
A banda tem um som com influências de Echo And The Bunnyman e afins, já toca há algum tempo pela cidade, fizeram show também no MADA e em São Paulo. São competentes no que fazem.
INFLAMÁVEIS (RN)
Banda que faz um rock puro, viajado e instigado. Finalmente uma banda que conseguiu instigar o público. Foram comentados como a banda revelação do primeiro dia.
O SONSO (CE)
Comecei a ver e ouvir o show com uma leve impressão de que ouvir alguma coisa parecida com Cazuza e o Barão Vermelho, depois percebi que o cantor tinha a performance de palco nesta linha, com pitadas de Renato Russo no jeito de se mexer. Voltando ao som trouxeram para o festival um rock/pop com levada de nova MPB em alguns momentos. O som oscilava entre levadas mais dançantes, com refrão pegajoso, e alguns momentos de maior peso, o que não foi suficiente para fazer o público que já se encontrava no Armazém Hall se mexer, por mais que o cantor do grupo tentasse empolgar. Vale ressaltar que até o momento o público ainda era pequeno.
TOKYO SAVANNAH (SP)
A banda paulista, Tokyo Savannah, trouxe para o palco do Centro Cultural DoSol um rock’n roll rápido, dançante, algo visceral. O espaço do DoSol também ajudou, por ser menor que o Armazém deu a impressão de maior público (realmente o público já tinha aumentado), empolgando a banda que fez um show enérgico com presença de palco, instrumental e empatia com o público impecáveis. Das bandas que tocaram até o momento era também a mais conhecida, o que facilitou a relação público banda.
HELLBENDDERS (GO)
A banda tem muitos fãs aqui no estado, neste show o Armazém já estava lotado. Seguramente foi um dos shows mais pesados do primeiro dia do festival, poderiam inclusive ter entrado no line-up do segundo dia. O som stoner rock fez muita gente bater cabeça do inicio ao fim da apresentação. Foi também a banda com mais “atitude” no palco, fugindo dos topetes e roupas coloridas, típicas das outras bandas da noite, e buscaram a todo o momento instigar quem estava na platéia. Os caras tem boa presença de palco e agradam tanto no vocal quando no instrumental agressivo e trabalhado.
VERNICE UNDER WATER (RN)
Banda caseira tem público na cidade, gente que sabe realmente cantar as músicas dos caras. Problemas com a guitarra do Rafael Calango fizeram o show parar, mas nada que fizesse o público ficar chateado até porque, como falei anteriormente, quem estava ali queria realmente ver a banda, quem não gosta, e olhe que também tem gente para isso, ficou do lado de fora. Os problemas tornaram o show mais curto, mas eles souberam contornar bem a situação o que fez valer a apresentação.
SATAN DEALLERS (ARG)
A banda Argentina começou o show com 15 minutos de atraso, o que chegou a ser percebido por alguns que esperavam os caras (tudo bem, o que é 15 minutos de atraso? Já vi bandas locais fazer pior). O que vale ressaltar aqui é que apesar de gringa, poucas pessoas entraram para ver a banda e quem entrou não se mexeu muito, apesar de o cantor ter “um puta vocal”, e os caras terem uma boa performance de palco. Quem não viu perdeu um bom show.
GLOOM (GO)
Você esperava ouvir, algum dia na sua vida, um cover de Sandy e Junior no DoSol? Se sua resposta foi não, você foi ao festival neste dia e entrou para ver essa banda, você ouviu, digo mais... “Vai ter que rebolar” foi a escolhida. Muita gente se impressionou com a ousadia, mas a banda tem essa proposta pop mesmo. Os instrumentistas dos metais mostraram boa presença de palco dançando o show todo, uma coisa meio Móveis Coloniais de Acaju, a cantora meio ao estilo Fernanda Takai, também se mostrou bem alegre. No mais, quem era público do primeiro dia (tem aqueles que foram para ver as bandas mais pesadas e, portanto era público do segundo dia no primeiro) não se importou com o famigerado cover.
VIVENDO DO ÓCIO (BA)
Olhando o visual dos caras imaginei ser um cover do The Mars Volta, sei lá... Eles devem curtir o som da banda. Mas o que importa é que a banda lotou o Armazém Hall com gente que gritava e cantava junto. Aqui faço outra ressalva, aquele baterista estava mesmo muito doido, era só ver a instiga do cara o show todo. Neste show o público chegou a ensaiar alguma coisa parecida com uma roda de pogo (roda de pogo em show com público indie é esquisito). No geral se você queria ouvir boas músicas e ver banda com boa presença de palco atingiu seus objetivos, apesar das ironias gostei muito do som deles, acho inclusive que vão acabar voltando a Natal mais algumas vezes como acontece com bandas que vão bem no festival e trazem público.
DO AMOR (RJ)
Ai veio a primeira banda que realmente me assustou. O ritmo dos caras me lembrou algum axé baiano, tropicália ou coisa do tipo. Só consegui pensar nisso durante o tempo em que estive dentro do show e em cantar músicas do Chiclete com Banana, mas eles sabem disso. Se você acha exagero pergunta a mais alguém que estava lá dentro! Sim! Já ia esquecendo, eles tem fãs, inclusive com camisa da banda. É questão de gosto, eu falei.
CANASTRA (RJ)
Banda já grande no cenário independente, com baterista “ex-Los Hermanos”, não preciso dizer muita coisa. É uma big band, que toca e se veste tipicamente rockabilly (com exceção do Barba, baterista). O Armazém Hall lotou para ver a banda, que fez um bom show, baseado no contra-baixo acústico e metais, com bom ritmo fez muita gente dançar.
CAMARONES ORQUESTRA GUITARRISTICA (RN)
Outra banda da casa. Grupo rodado no cenário local e nacional, fizeram o som instrumental de sempre com competência dentro do que se propõe. Público formado tem, o DoSol lotou para ver o show.
DUSOUTO (RN)
Falar o que dos caras, eles e o Mc Priguissa estão tocando até em festa de criança, fica difícil não saber cantar as músicas da banda. Fizeram o de sempre, um show com participações do próprio Priguissa e de Danina Fromer pautado do reggae, ragga e funk. Quem estava dentro do Armazém Hall dançou e cantou as músicas, muita gente dançando até o chão, chão, chão, chão... Vou parar por aqui.
RINOCERONTE (RS)
Pelo que algumas pessoas vinham me falando, esperava um DoSol lotado para o show da banda, mas até que deu para respirar legal. Música pesada e trabalhada ao mesmo tempo e público participativo deram um bom andamento ao show. Não sei se é porque esperava algo extraordinário, mas achei normal.
TULIPA RUIZ (SP)
Show típico de nova MPB agradou em muito as meninas presentes ao show e alguns caras que gostam da música. O que se pode ressaltar é o teclado cheio de efeitos e a presença performática dela no palco. No mais é aquela coisa de voz suave, guitarra melosa e letra bonitinha.
TALMA&GADELHA (RN)
Banda com menos de um ano de formação, mas que tem componentes rodados, já tem clipe e cd lançados, além de turnê pelo Brasil. Fizeram um show bom para que gosta do som, foi mais uma banda que os que torcem o pescoço para ela não entraram e se pouparam de assistir. Os que entraram queriam mesmo cantar e dançar embalados pelo som do grupo.
BNEGÃO & OS SELETORES DE FREQUÊNCIA (RJ)
Começo logo dizendo que esperava mais do show, mas acho que isso ficou mais para quem é saudosista do Planet Hamp, eu admito. O show é todo baseado no funk (funk ao estilo Tim Maia, não funk carioca, por favor), hip hop e algumas coisas de rock. No final do show tocou uma parte de “Legalize Já” que fez muita gente pular, mas foi só o que saiu da antiga banda. “Dança do Patinho” foi outra que mexeu com o público. Para o primeiro dia foi um bom show, quem queria curtir essa vibe mais swingue curtiu bem o show, os que queriam só fumar um cigarrinho da paz também.
O primeiro dia chegou ao fim com boas apresentações, apesar de gostar ou não das bandas, não se pode dizer que era bandas ruins e se a intenção foi agradar a todos os públicos conseguiu o objetivo, afinal agregou bandas pesadas e leves, som psicodélico e música típica brasileira e conseguiu ter público para todas as atrações, por mais que, em muitas ocasiões, este público estivesse mais observando do que participando.
Perdi a metade das bandas, mas concordo com o que vi a parti de Camarones! Detalhe pra Tulipa Ruiz que calou minha boca! aeuehuehuahuhaeu
ResponderExcluirSe eu tiver visto 80% dos shows eu rinche... Eu tava mais preocupada em beber e fugir das bandas axé rock do local.
ResponderExcluirSobre os comentários aí, curti muito o show de vivendo o ócio, massa d+. Dusouto deu aquela impressão de querer morrer (todo dia escutando é de lascar) e Tulipa é muito viadinho pra mim :(
Rapaz, só cuti o hellbendders... Dusouto já perdi as contas de quantos shows eu vi, aí não vi no festival
ResponderExcluirqueria ter visto esse gloom tocando cover da sandy hahahahahahaha
sim e as outras bandas não fazem meu estilo, então toquei o foda-se para elas...
ResponderExcluirCurti fudio o canastra e o show do vivendo do ócio tbm curti. dusolto tah saturado mas foi bonito de ver td mundo interageindo no show, mesmo sendo aquele mais do mesmo, não vi muitas coisas pq estava lá fora enchendo a cara... b negão foi meio chato, na real eu tava muito cansada nessa hora...
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